Existe diferença entre comércio exterior e internacional? A resposta é sim e neste artigo vamos esclarecer sobre a abrangência de cada uma dessas nomenclaturas.
Há diferenças entre o comércio internacional e o comércio exterior, começando pelo que define cada um deles. Ao tratarmos de comércio internacional, podemos considerar os aspectos políticos, econômicos e culturais das negociações em nível global, entre todos os países que comercializam entre si. O comércio exterior trata das transações na esfera nacional, isto é, das regras para as exportações provenientes do país e para as importações feitas por ele.
Para existir o comércio exterior - os processos de exportação e importação -, é necessário um conjunto de normas e órgãos que regulamentem essas atividades, que dizem respeito a documentação, tributações, certificações e questões aduaneiras. No Brasil, assim como nos outros países, há instituições que estruturam, acompanham e controlam esses processos, como a Receita Federal do Brasil, o Banco Central do Brasil e a Câmara de Comércio Exterior.
O comércio exterior trata do conjunto de atividades de compra e venda de mercadorias e da prestação de serviços entre diferentes países, cuidando das questões internas do país quanto a logística, vigilância, fiscalização, tributos, entre outros. Já o comércio internacional trata da instituição de regras e normas que possibilitam a compra e venda de mercadorias entre países que possuem formas distintas de controle de entrada e saída de bens e serviços. É por meio de instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC), a Câmara de Comércio Internacional (CCI) e a Organização para a Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), que esses países com diferentes entendimentos conseguem negociar entre si. Estes órgãos instituem, organizam e acompanham, em nível mundial, os procedimentos que devem ser seguidos de acordo com o que for convencionado. Isso inclui, por exemplo, os Acordos Bilaterais e os Termos Internacionais de Comércio (Incoterms) - que também auxiliam na regulação para a criação de blocos econômicos como o Nafta, a União Europeia e o Mercosul.
O Brasil possui muitos anos de história e de relações de comércio internacional, e participa de alguns acordos comerciais. Mas, o comércio exterior brasileiro ainda é pouco representativo quando comparado com os volumes transacionados no mundo globalizado. Ainda há muito o que crescer em números de exportações e importações.
Com isso, podemos dizer que, para haver comércio internacional, é necessário que o comércio exterior dos países importadores e dos países exportadores esteja constituído. E que as negociações entre eles existam dentro da padronização, regulamentação e acompanhamento dos órgãos de comércio internacional. Entender isso hoje em dia, em plena globalização, é indispensável. Conheça esse mundo para não ficar de fora!
Fonte: Sebrae